Há que se fazer a distinção ente MEDIUNISMO, MEDIUNIDADE, ANIMISMO e MISTIFICAÇÃO, pois são situações completamente diferentes, embora possam criar confusões de interpretação até para os mais esclarecidos sobre os fenômenos espirituais.
MEDIUNISMO E ANIMISMO
São fenômenos naturais do psiquismo humano, classificados pela Doutrina Espírita em duas categorias básicas: os MEDIÚNICOS e os ANÍMICOS (do grego, anima = alma).
Os primeiros, sã intermediados pelos MÉDIUNS, que são pessoas que sentem, a influência dos Espíritos. essa faculdade é inerente ao homem, não constituindo privilégio exclusivo; os segundos, mais propriamente denominados de emancipação da alma, pela Codificação Espírita, são produzidos pelo próprio Espírito encarnado.
O intercâmbio entre um plano e outro da vida pode, então, ser regularmente estabelecido por meio de duas vias: a MEDIÚNICA e a ANÍMICA. Pela via mediúnica o Espírito renasce como médium, pessoa possuidora de uma organização física apropriada, sensível. Pela outra via, a anímica, a comunicação é realizada pelo próprio encarnado, em estado de emancipação da alma, vulgarmente conhecido no meio espírita como anímico, ou desdobramento espiritual.
As duas vias de comunicação usualmente se sobrepõem, não sendo fácil discernir quando um fenômeno é exclusivamente MEDIÚNICO ou ANÍMICO. A prática mediúnica é denominada de MEDIUNISMO e a prática anímica de ANIMISMO.
Por MEDIUNIDADE definimos a faculdade humana pela qual se estabelece a relação entre homens e Espíritos. Não é um poder oculto que se possa desenvolver através de práticas, rituais, etc., pois desenvolve-se naturalmente nas pessoas de maior sensibilidade para captação mental, de coisas e fatos do mundo espiritual que nos cerca e nos afeta, com suas vibrações afetivas e psíquicas. A MEDIUNIDADE é dada sem distinção a fim de que os Espíritos possam levar a luz a todas as camadas, a todas as classes da sociedade, ao pobre como ao rico, aos virtuosos para que se fortaleçam no bem e aos viciosos para que possam se corrigir.
ANIMISMO (anima = alma) Sistema fisiológico que considera a alma como causa primária de todos os fatos intelectuais e vitais, isto quer dizer que o fenômeno anímico é a manifestação da alma do médium, que se manifesta como qualquer Espírito, eis que a mesma recobra seus atributos de espírito e fala como tal e não como um encarnado. Para se distinguir se é o espírito do médium ou outro Espírito que se comunica, há que se atentar para a natureza das comunicações e da linguagem utilizada.
É oportuno enfatizar que em verdade não há fenômeno Espírita puro, de vez que a manifestação de seres desencarnados, em nosso contexto terreno, precisa do MÉDIUM encarnado, ou seja, precisa do veículo das faculdades da alma deste espírito encarnado, e, portanto, das manifestações ANÍMICAS. Podemos concluir que não há fenômeno mediúnico sem participação anímica.
Existem também manifestações de ANIMISMO puro, ou seja, comunicação produzida pelo espírito do médium, sem a participação de outro espírito – encarnado ou desencarnado – o que pode ocorrer em processo espontâneo de regressão de memória.
MISTIFICAÇÃO
Existem fraudes de médiuns e de Espíritos que nada têm a ver com o ANIMISMO e o MEDIUNISMO. É possível que ocorra o desejo de promoção pessoal por parte dos encarnados como também pode ocorrer Espíritos que usam nomes falsos para promoverem o desequilíbrio daqueles que se julgam superiores aos demais.
“DEVEMOS SEMPRE CONSERVAR A HUMILDADE E AGRADECER CONSTANTEMENTE A OPORTUNIDADE DE SERVIR.” Centro Espírita Ismael