ROSITA

Hoje meus amigos vou falar sobre minha primeira experiência como médium, no mesmo local onde fui curada pela Espiritualidade através do PAI BENEDITO DE ARUANDA, Preto Velho que me atendeu numa tarde longínqua em Belo Horizonte, Minas Gerais.

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ROSITA

Quando comecei a frequentar o Centro Espírita em que fui curada, e cuja dirigente se chamava Maria Auxiliadora Rufino, a “Dodora”, como carinhosamente era conhecida, logo me puseram na roda dos médiuns para começar a desenvolver minhas aptidões mediúnicas, situação completamente inusitada para mim.

Todos me orientavam e me acolhiam carinhosamente, me alertando que no início era um pouco confusa a incorporação e que eu deveria me soltar na corrente mediúnica, deixando livre a mente para que os Guias Espirituais pudessem começar a aproximação. Deveriam ser primeiramente os Caboclos ou os Pretos Velhos, a se manifestarem através de mim, assim dando início ao trabalho mediúnico que eu deveria prestar naquele Centro Espírita de Umbanda.

As reuniões ocorriam todas as segundas-feiras das 20:00 às 22:00 horas, e eu comparecia sempre, participando da corrente e tentando sentir a vibração dos Guias com os quais eu deveria trabalhar incorporada: nada ocorria… Eu já estava pensando em desistir, mas o carinho dos amigos e a força mediúnica da “Dodora” não me deixaram parar de tentar.

Então, numa segunda-feira de trabalhos, eu estava na corrente mediúnica para tentar a incorporação, quando comecei a rodar e a gargalhar numa alegria e vibração que não eram mais minhas e, a minha querida ROSITA se manifestou pela primeira vez dizendo: “esta porta eu abro e esta porta eu vou fechar!”

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Não comecei a trabalhar com os Caboclos ou os Pretos Velhos, como seria de praxe, mas sim com a minha escora na linha de EXÚ, POMBA GIRA ROSITA! A quem eu sempre vou reverenciar e agradecer os lindo trabalhos que realizamos juntas, curando e amparando as pessoas que ali buscavam auxílio.

Quem tinha vidência, ou seja, podia ver os Guias, me descrevia a mulher linda que eu imaginava: cabelos negros, longos e cacheados, olhos também negros e brilhantes como estrelas, e um sorriso maroto e brejeiro nos lábios! Esta é a ROSITA!

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Agora cabe um esclarecimento sobre as POMBAS GIRAS, que vulgarmente se entende como mulheres da rua que habitam as encruzas e atordoam as pessoas! Nada disso! Elas pertencem à Falange dos EXÚS, que também não possuem rabos e chifres como nas representações e estátuas nos Terreiros de Candomblé. Eles são senhores do KARMA, nos auxiliando na escalada para o bem maior. O que ocorre é que espíritos rasteiros tomam a forma e se intitulam EXÚS, tanto masculinos como femininos,  mas na realidade o fazem apenas para confundir e semear a maldade. Volto a falar sobre este tema com mais detalhes em outra oportunidade.

Vou contar uma passagem com a ROSITA, que pode esclarecer a beleza desta parceria mediúnica como  prova de que tais fatos ocorreram comigo.

Eu estava morando em Porto Alegre, minha cidade natal, nos idos de 1985, já trabalhando em outro Centro Espírita Cardencista, e tinha casa na praia de Cidreira, litoral gaúcho. Gostava de reverenciar meus Guias Espirituais, fazendo trabalhos na mata, na cachoeira e, nesta ocasião, na praia. O Trabalho consistia em 21 velas vermelhas, uma garrafa de espumante, uma taça vermelha e flores.

Arrumamos as velas em círculo, perto de um muro alto para proteger da viração do mar, colocamos no centro das velas a taça e o espumante. Eu estava com meu companheiro na ocasião, meus dois filhos e duas funcionárias. Todos rezamos e agradecemos ao acender as velas, tomamos um gole do espumante e nos retiramos depois de reverenciar a dona do trabalho, ROSITA.

Estávamos de carro e eu admoestei meu companheiro para o agradecimento junto ao Trabalho, o que ele não fez. Ao tentar ligar o carro não encontrou a chave, que, segundo ele, estava na ignição. Procurou dentro do carro, fora do carro, e nada das chaves. Eu lhe sugeri, então que fosse ao local das velas e procurasse, ao que ele respondeu que seria impossível, pois as chaves não tinham pernas.

Depois de procurar por tudo e, por muita insistência minha, ele foi ao local do trabalho e, para procurar as chaves teve de ajoelhar como todos nós tínhamos feito para agradecer a oferenda para a ROSITA. As chaves estavam ao lado da taça do espumante! 

Ao entrar no carro para voltarmos, todos ouvimos uma gargalhada cristalina e alta, e, junto ao muro iluminado pela luz tremulante das 21 velas acesas, estava a silhueta de uma mulher de longos cabelos com uma taça de champanhe em uma das mãos! Todos nós vimos o vulto e ouvimos a gargalhada da ROSITA!

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Esta, amigos da TRILOGIA INCA, é apenas uma das muitas histórias de minha jornada mediúnica, onde fatos maravilhosos sempre me aqueceram o coração e confirmaram a existência desse amigos queridos da Espiritualidade, que nos auxiliam na nossa jornada em busca do aprimoramento espiritual!

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