Hoje vamos terminar a publicação sobre as OFERENDAS, e falaremos sobre a PACHAMAMA, a Mãe Terra, que é traduzida pelos agradecimentos que os Andinos fazem no seu dia, que é festejado em 1º de Agosto.
OFERENDAS À PACHAMAMA
Para os Andinos PACHAMAMA é a Mãe Terra, é a geradora de abundância e de tudo que existe na terra, é a vida, as estações, a fecundidade, o ciclo da vida, da morte e do renascimento.
A palavra “PACHA” originalmente significa universo, mundo, lugar, tempo. A palavra “MAMA” significa mãe, sendo comemorada a festa da PACHAMAMA no dia primeiro de Agosto, ocasião em que os Andinos, de todos os locais que um dia formaram o Império Inca, fazem suas oferendas de agradecimento. Dão de comer à terra, com o agradecimento no coração, por tudo o que receberam dela e por tudo que tiveram oportunidade de doar.
Conta a lenda que PACHAMAMA aparece aos homens como uma velha e pequena mulher e que os estrangeiros que a vêem, jamais deixarão de retornar aos Andes.
Fazer um PAGO é um ato de conexão, de amor, de doação e de recebimento, mas também é fácil verificar que se trata de uma arte, uma mandala de cura. Cada objeto, semente, raiz, bebida, de um PAGO, carregada com a energia vital de que oferece, com a intenção e o coração, transforma-se na conexão vital do humano com o divino, e sua capacidade de transitar nos três mundos com sintonia e equilíbrio.
Existem muitas formas de PAGOS, nos Andes é os interessados podem adquirir todos os componentes nos encantadores mercados ao ar livre, e as pessoas também podem contar com a agradável e constante simpatia de um povo que vive nas alturas, literalmente com os pés na terra e a cabeça no céu.
Por exemplo, toda a OFERENDA À PACHAMAMA deve ter entre seus itens as três folhas verdes de coca, formando os K’intus que são vários conjuntos de 3 folhas, em múltiplos de 3. Podem ser formados vários conjuntos de acordo com a criatividade e a energia pessoal, para adornar o PAGO. Os adornos e componentes deve ser dispostos de forma circular, como um lindo trabalho de arte.
Para finalizar essa postagem vamos entender a grande mensagem desse maravilhoso povo Inca, que deixaram três basilares ensinamentos em seu legado à humanidade, que agora traduziremos de sua língua mãe, o quéchua:
– Munay – amor; – Llankay – trabalho; – Yachay – sabedoria.
Na sua doçura e sabedoria, na sua grandeza e espiritualidade, esse povo das alturas, das montanhas azuladas dos Andes, ensinaram aos homens buscar a compreensão na linguagem dos rios, na perenidade das montanhas, na altivez das árvores, na beleza dos animais, para que pudessem ver com os olhos da alma e se comprometesse apenas com o essencial.
Posso dar meu testemunho a vocês amigos da TRILOGIA INCA, que só quem esteve no meio dessa beleza, na imensidão daquelas montanhas, na magia do Vale Sagrado e na magnitude de Machu Pìcchu pode entender as mensagens deixadas por essa cultura Andina. Caminhando em Cusco, na Praça de Armas, convivendo com os peruanos, podemos agradecer esse contato com a magia e a humanidade, com a natureza e com as energias de que dela emanam e, sentir o privilégio de estar vivo!