Boa tarde amigos da TRILOGIA INCA, hoje vamos falar de um local maravilhoso que faz parte do nosso roteiro ao PERU, o VALE SAGRADO DOS INCAS.
VALE SAGRADO DOS INCAS
Este lindo vale que tem início em CUSCO e segue até a região de MACHU PICCHU sempre foi muito especial para o Povo INCA, pois seu microclima era ideal para o plantio e suas altas montanhas o perfeito local para as fortificações de defesa e o celeiro para guardar os mantimentos.
Vamos fazer um tour virtual por suas ruínas e trilhas, aprendendo seus costumes e ter uma previa do que poderá ser a viagem com a TRILOGIA INCA a estes sítios mágicos e impregnados de história.
Situado a curta distância de CUSCO, se encontra um dos vales de maior riqueza paisagística e cultural do PERU: o VALE SAGRADO DOS INCAS, que foi formado há milhares de anos pelas correntezas do Rio Viscanota (Willkañuta = Casa do Sol) ou (Willcamayu = Rio Sagrado).
O VALE SAGRADO DOS INCAS possui uma área de mais de 100 Km e compreende de um lado PISAC e de outro MACHU PICCHU, tendo ainda povoados, entre eles OLLANTAYTAMBO, que conserva grande parte de sua arquitetura original, sendo composta por grandes terraças de cultivo, pertencentes ao inacabado Templo do Sol.
Uma curiosidade sobre essas construções, que foram edificadas pelos INCAS, é que as pedras eram trazidas do vale e eles tinham que realizar uma viagem imensa carregando grandes blocos de pedra. Muitas foram abandonadas ao longo do vale e são conhecidas como Pedras Cansadas, marcando o caminho percorrido pelos INCAS.
O clima do VALE SAGRADO DOS INCAS é benéfico, pois tem como média 18º C de temperatura anual, numa altitude de 2800 metros sobre o nível do mar, possuindo uma rica flora e fauna e terra fértil, com inúmeros riachos que nascem das cordilheiras nevadas que o rodeiam. As cachoeiras se precipitam entre os bosques nativos mais altos do mundo (4200 metros de altitude), irrigando abundantemente o solo e alimentando o Rio Sagrado Vilcanota.
O VALE SAGRADO DOS INCAS E A VIA LÁCTEA
A Via Láctea é uma nuvem esbranquiçada e difusa que engloba muitas constelações. Atravessando de forma oblíqua a esfera celeste abrange constelações como Orion, Escorpião e o Cruzeiro do Sul. É formada por milhões de estrelas e nuvens escuras de poeira e gás, sendo observada em noites de céu limpo. Ela rodeia completamente a terra.
No mundo Andino a Via Láctea é conhecida como Mayu ou Rio Celestial e serviu aos INCAS como eixo de orientação ritualística, pois os Sacerdotes realizavam durante o Solstício de Inverno uma peregrinação cerimonial em função dela. Partiam de CUSCO em direção Sudeste, seguindo o movimento aparente da Via Láctea, até um local chamado La Raya (onde nasce o Rio Vilcanota), e onde, segundo a Mitologia INCA, nascia o Sol.
Depois os Sacerdotes INCAS regressavam a CUSCO, dirigindo-se à Noroeste, mas seguindo a direção do Rio Sagrado Vilcanota, que flui por conseguinte, de Sudeste a Noroeste.
O Sagrado nesta Peregrinação Ritual para os INCAS ocorria porque o Rio Celestial Mayu se relacionava na terra com o Rio Sagrado Vilcanota, pois a ideia existente na época é que tudo que fosse sagrado sobre a Terra possuía sempre um reflexo no Céu.
Ainda nos dias de hoje, nas comunidades agrícolas do VALE SAGRADO DOS INCAS, acredita-se que as forças cósmicas interferem substancialmente na vida diária das pessoas.
O Rio Celestial Mayu foi além de um eixo de orientação importante, tornando-se um plano de referência para o entendimento do clima terrestre. Todo o conhecimento dos INCAS era proveniente das constelações, e eram classificadas em três categorias: Constelações Brilhantes = formadas de estrelas unidas imaginariamente para formar uma figura; Constelações Escuras = formadas por manchas escuras da Via Láctea (atualmente conhecidas como nebulosas); Constelações Mistas = que são formadas pelas duas primeiras.
Para os Andinos, as Constelações Escuras se encontram na região do Rio Celestial Mayu, e a densidade e o brilho fazem com que as manchas escuras da Via Láctea pareçam enormes silhuetas geralmente de animais, que para o pensamento dos INCAS, estavam encarregados de gerar fertilidade e abundância à PACHAMAMA = Mãe Terra.
Então, em função dessa crença, os INCAS edificaram por todo o VALE SAGRADO, enormes construções que serviram de espaços rituais, onde reproduziram as principais constelações Andinas, em sua forma respectiva: Árvore, Lhama, Condor, Perdiz, Pontes, etc, como se o vale e seu rio fossem reflexos um do outro.
Portanto, amigos da TRILOGIA INCA, podemos observar que o VALE SAGRADO DOS INCAS não significa um nome, um lugar comum,mas na verdade representa um sentimento, uma maneira de situar-se no tempo e no espaço, uma forma de compreender a vida, um conceito! Sua arquitetura, tal qual sua simetria, revela que o mesmo tinha a exclusiva função de servir como espelho da Via Láctea, para esse poco místico e sábio: os INCAS.
LENDA DE OLLANTAYTAMBO
Conta a lenda que um soldado do Império INCA, de nome Ollanta, por sua bravura foi promovido a General. Frequentava a corte em CUSCO e apaixonou-se pela filha do Imperador Pachacutec, a Princesa Kusicoyllor.
Por ser de classe mais baixa não teve a aprovação do Imperador, que o perseguiu, tendo então fugido com seus soldados para o VALE SAGRADO DOS INCAS, refugiando-se na cidade que hoje tem seu nome: OLLANTAYTAMBO (Pousada de Ollanta).
Permaceu o General Ollanta escondido por 10 anos neste local, até que outro General de nome Rumiñawi o encontrou e o aprisionou, levando-o para CUSCO. Por sua sorte o Imperador Pachacutec já havia falecido e o novo Imperador o libertou e não se opôs ao casamento com sua amada Princesa.
O Geral Ollanta e a Princesa Kusicoyllor casaram-se e, como nos contos de fadas, viveram felizes para sempre naquele mudo cheio de magia e mistérios: PERU.
Bem amigos da TRILOGIA INCA, venham conosco ao PERU, desvendar essas fantasias e mistérios! Até breve!