Boa tarde amigos da TRILOGIA INCA, hoje vamos dar mais uma voltinha em um encantador “Pueblo” nos arredores de CUSCO, chamado CHINCHERO, que pertence à província de URUBAMBA.
PUEBLO DE CHINCHERO
É conhecida também como a Cidade do Arco Íris, e está situada a 28 km ao noroeste da cidade de CUSCO, à uma altitude de 3.160 metros acima do nível do mar, cercadas pelos montes nevados de Salkantay, Verónica e Soray. A vista deste povoado é impactante e maravilhosa.
CHINCHERO é a população mais típica do VALE SAGRADO DOS INCAS. É uma cidade tipicamente INCA, que os conquistadores quiseram civilizar para implantar sua cultura, mas que não conseguiram modificá-la totalmente.
Seus habitantes vivem em construções incaicas quase intactas, no mesmo local que viveram seus antepassados que formaram a civilização maior e mais próspera da América.
O Conjunto Arqueológico de CHINCHERO chama atenção inicialmente por suas terraças que leva ao entendimento de que foi um centro agrícola importante na época dos INCAS, pois foi construído todo um complexo de armazenamento e de irrigação muito eficiente.
Conta a história que com a chegada dos espanhóis, CHINCHERO foi incendiada em 1536 por Manco Inca, em sua fuga para Vilcabamba, com o objetivo de nada deixar para os espanhóis.
Sobre o antigo Palácio de Tupac Yupanqui, os espanhóis ergueram a Igreja de Nossa Senhora de Monserrat, em 1607, com a finalidade de demonstrar a submissão do povo INCA. O seu Altar Mor, esculpido em pão de ouro no estilo barroco, está dedicado à Virgem “De La Natividad”. Suas paredes estão decoradas com obras de Diego Quispe Tito, o maior representante da escola cusquenha. Há também trabalhos de Francisco Chihuantito.
Em CHINCHERO o passado não morre, é como se o espírito de uma cultura milenar se agarrasse a este lugar emblemático, negando-se a desaparecer. Os moradores nativos do lugar, vestidos com seus coloridos trajes típicos, descem de suas comunidades aos domingos e se aglomeram na praça principal para trocar seus produtos. Ainda hoje os moradores locais trocam seus produtos como uma forma arcaica de comércio que ainda persiste.
Pode ser visto que este povoado, encravado nas montanhas andinas, mantém suas raízes culturais profundas, alheios a toda e qualquer evolução e modernidade, fazendo com que o visitante se deslumbre ante o espetáculo dos dois mundos: antigo e novo.
Na concorrida e colorida Feira Dominical deste “Pueblo”, se pode encontrar objetos de uso domestico, alguns verdadeiramente antigos, como os famosos “Textiles de CHINCHERO”. Este povoado, com suas comunidades unidas, pode conservar um patrimônio vivo, imaterial, de extraordinário valor cultural e histórico, que se demonstra tanto na tecelagem como nas práticas agrícolas, mantidas em uma rede de relações familiares e comunitárias.
Nos teares das Associações de Artesãos, são expostos diariamente todo o processo de tecelagem artesanal, desde a lavagem da lã, que pode ser de alpaca, de vicunha ou de lhama, até o produto final, e pode ser visto todas as técnicas utilizadas pelas tecelãs, na grande maioria mulheres.
Saindo de CHINCHERO, que é reconhecido por ser um povoado de talentosos artesãos têxteis, o visitante pode subir até a bela Lagoa de Huaypo, no povoado de Piuray.
Este local amigos da TRILOGIA INCA faz parte do nosso roteiro de viagem mística ao Peru, e posso falar por já ter estado lá, é uma vivência extraordinária, pois se viaja no tempo e no espaço, ao se adentrar nas casas e nas oficinas de artesanato e tecelagem. Convido vocês a conhecer conosco esta paradoxal e mágica aventura de passado mesclado ao presente! Vamos?