Boa tarde amigos da TRILOGIA INCA, hoje vamos voltar ao tempo das Cruzadas e falar de uma Ordem de CAVALEIROS, que ainda hoje é motivo de especulações por estar sempre envolta em mistério: os CAVALEIROS TEMPLÁRIOS.
CAVALEIROS TEMPLÁRIOS
Foram uma poderosa Ordem de Monges Guerreiros, fundada em Jerusalém em 1118 d.C., com o objetivo principal de dar proteção ao viajante Cristão que pretendia peregrinar à Terra Santa.
Duas décadas depois das Cruzadas Européias terem conquistado a cidade e masssacrado os seus habitantes muçulmados, um CAVALEIRO francês chamado Hugues de Payens e oito de seus companheiros ofereceram seus serviços ao Rei Cristão Balduíno II de Jerusalém e juraram defender a cidade contra todo e qualquer inimigo.
Como quartel-general da Ordem, o Rei ofereceu uma ala da Mesquita Al Aqsa, um palácio supostamente construído sobre as ruínas do Templo do Rei Salomão. A partir dessa associação os TEMPLÁRIOS se tornaram conhecidos como Os Pobres CAVALEIROS de CRISTO e do Templo do Rei Salomão.
Os TEMPLÁRIOS receberam a sanção oficial da Igreja no Concílio de Troyes, em 1128 d.C., e as suas regras de conduta foram estabelecidas pelo seu patrono, o Abade Francês St. Bernard de Clairvaux.
Hugues de Payens tornou-se, então o Primeiro Grão-Mestre da Ordem, visitando a Inglaterra em 1128 d. C., para angariar dinheiro e recrutas para os TEMPLÁRIOS, começando assim a grande história dos CAVALEIROS TEMPLÁRIOS Ingleses. Em 1130 d.C., Payens regressou à Palestina chefiando 300 CAVALEIROS TEMPLÁRIOS.
Nos dois séculos que se seguiram os TEMPLÁRIOS tornaram-se uma das organizações mais poderosas do mundo medieval. Seus guerreiros que usavam sobre suas armaduras mantos brancos, embelezados com uma Cruz Vermelha, ganharam reputação pela sua destreza com o manejo das armas, sua invencibilidade em combate, sua disciplina e tenacidade. A rígida organização não pagava resgate por soldado preso em combate, e o soldado considerado covarde teria que despir seu manto e comer no chão como os cachorros, durante 1 ano.
Segundo a Edição de 1911 da Enciclopédia Católica, aproximadamente mais de 20.000 CAVALEIROS TEMPLÁRIOS deram suas vidas em batalhas contra as forças muçulmanas ao longo do tempo em que a Ordem existiu.
Para ser admitido como CAVALEIRO TEMPLÁRIO, o jovem candidato teria de ser nobre de nascença, fazer voto de castidade, pobreza, piedade e obediência, além de abdicar de todos os seus bens materiais, entregando toda a sua riqueza à Ordem. Como soldados, os CAVALEIROS TEMPLÁRIOS, juravam nunca render-se ao inimigo, pois uma morte gloriosa no campo de batalha, lutando por DEUS, contra as forças do Mal, assegurava que o CAVALEIRO ascenderia imediatamente ao CÉU. Por tudo isso, eram soldados implacáveis, temidos em combate pelos inimigos.
Os CAVALEIROS TEMPLÁRIOS em pouco tempo conseguiram o apoio da Santa Sé e das Monarquias da Europa. No final do Século XII, os TEMPLÁRIOS Ingleses construíram seu quartel-general em Londres conhecido como Temple Church, ou Igreja Redonda, baseado na Igreja do Santo Sepulcro.
No ano de 1200 d.C., o Papa Inocêncio III emitiu uma Bula Papal em que declarava que todas as pessoas e bens no interior das casas dos CAVALEIROS TEMPLÁRIOS estavam imunes às leis locais. Como estavam isentos de impostos a partir desta declaração, acumularam muitas riquezas, e com isso, sustentaram por muito tempo as Guerras Santas até que em 1291 d.C., foram aniquilados pelas forças numericamente superiores do Islã.
Com essa derrota na Terra Santa, que pôs fim ao domínio Cristão, as pessoas na Europa começaram a duvidar se seria vontade de DEUS a existência e as lutas dos CAVALEIROS TEMPLÁRIOS. A riqueza e a isenção de impostos que a Ordem gozava, lhe trouxe grandes inimigos, o que acarretou na sua perdição.
Em Outubro de 1307 d.C., o Rei de França Felipe IV – o Justo, mandou prender simultaneamente todos os CAVALEIROS TEMPLÁRIOS que conseguiu encontrar no país, confiscando suas propriedades e bens, e acusando os membros da Ordem de uma gama de crimes que iam desde heresia até cuspir na Cruz.
Muitos CAVALEIROS TEMPLÁRIOS foram presos e torturados, confessando crimes não cometidos pelo sofrimento imposto e, depois desta confissão arrancada à força, foram executados. Em 1314 d.C., os líderes TEMPLÁRIOS que restavam, como o Grão-Mestre Jacques de Molay, foram queimados vivos em frente à Catedral Nôtre Dame de Paris.
A conhecida Professia feita por Jacques de Molay, na qual o Rei Felipe IV e o Papa Clemente V morreriam no período de 1 ano, realmente ocorreu. Com a morte do Grão-Mestre dos CAVALEIROS TEMPLÁRIOS, encerrou-se o período de 200 anos de sua complexa existência, como conta a história formal.
Alguns monarcas Europeus, não ficaram convencidos da culpa atribuída pelos franceses aos CAVALEIROS TEMPLÁRIOS. Muitos dos que foram presos na Inglaterra foram julgados inocentes. Alguns fugiram para a Escócia e existe forte suposição de que lá teriam fundado a Maçonaria Escocesa. Alguns investigadores acreditam que os Maçons do final do Século XVII, eram os CAVALEIROS TEMPLÁRIOS com outro nome.
Existem algumas explicações para os famosos tesouros dos TEMPLÁRIOS, pois como a Ordem ocupou o Monte do Templo do Rei Salomão, em Jerusalém durante um longo tempo, teriam os CAVALEIROS descoberto em escavações o SANTO GRAAL, a ARCA DA ALIANÇA, e inclusive fragmentos da verdadeira CRUZ de CRISTO. Teriam então os CAVALEIROS TEMPLÁRIOS levado o SANTO GRAAL para a Escócia, e o teriam enterrado sob a Capela de Rosslyn, uma Igreja do Século XV, na Aldeia de Roslin, em Midlothian.
São muitos os indícios de que os TEMPLÁRIOS tiveram contato com algo muito secreto e de grande valor, talvez representado pelo SANTO GRAAL, seja como elementos da Última Ceia ou o registro de descendência do matrimônio entre JESUS e Maria Madalena.
O que se pode realmente afirmar, é que os CAVALEIROS TEMPLÁRIOS exercem um fascínio tão poderoso sobre a imaginação popular que haverá sempre quem questione se os vestígios de sua existência e explendor seriam somente o que teria restado dessa famosa Ordem.
Bem amigos da TRILOGIA INCA, eu pessoalmente tenho certeza de que muito mais existe da herança dos CAVALEIROS TEMPLÁRIOS, e que sua existência hoje é muito mais forte do que outrora, mesmo que tenham sido necessários alguns ajustes para preservar sua sobrevivência, legados e sabedoria.