Boa tarde amigos da TRILOGIA INCA, hoje vamos mergulhar na infância que todos já tivemos e buscar a explicação para os “AMIGOS IMAGINÁRIOS” que a grande maioria das crianças diz possuir, ver e falar!
AMIGOS IMAGINÁRIOS – FANTASIA OU ESPIRITUALIDADE
Uma publicação do Jornal americano USA Today em 21/12/2009, apontou que as crianças até 7 anos de idade evoluem com a ajuda de seus AMIGOS IMAGINÁRIOS, e que alguns dos companheiros mais úteis podem ser mesmo os IMAGINÁRIOS, segundo estudos divulgados pela Psicóloga da Universidade de Oregon/USA, Marjorie Taylor e Stephanie Carlson, na Revista “Developmental Psychology”.
A Psicologia do Desenvolvimento explica que até os 7 anos de idade a criança se encontra na fase mágica, da fantasia, sendo inclusive usada esta fase por alguns Terapeutas para auxiliar no controle dos esfíncteres, para vencer os medos, ganhar auto-estima e para ajudar a sentir-se cada vez mais segura e confiante.
Outro tópico abordado no estudo de Marjorie Taylor é o que se refere às reações dos pais ao se depararem com os AMIGOS IMAGINÁRIOS de seus filhos: há os que ficam entusiasmados, outros tentam até praticar “exorcismo” caseiro, para livrar os pequenos do suposto mal.
Já abordando o tema à luz do Espiritismo, é mister fazer a distinção entre a fase mágica e a mediunidade, sendo imprescindível que os pais ajam com naturalidade, para que não forcem sua criançaa um desenvolvimento precoce, nem esperem que através da mediunidade natural, inerente ao ser humano, seus filhos terão no futuro grandiosas missões.
É importante que seja feita a distinção entre os mecanismos da mediunidade, e os processos obsessivos nas crianças, pois podem ser simplesmente obsessões ou problemas físicos, com necessidade de tratamentos específicos, dirigidos para cada caso.
Outro detalhe muito importante a ser esclarecido, é o fato de que a precocidade de desenvolvimento mediúnico em crianças pode levar a uma sobrecarga física em seus organismos delicados, aumentando também a carga de excitação em suas mentes, já tão férteis na infância.
Uma pergunta muito comum e intrigante: Os AMIGOS SUPOSTAMENTE IMAGINÁRIOS são fruto da imaginação infantil ou seres reais que os adultos não vêm mas que são vistos pelas crianças que com elas conversam e interagem, como fazem com os amigos encarnados?
As codificações de Allan Kardec reportam a casos de mediunidade infantil, como o fato verificado em Caen, onde uma criança de 4 anos de idade realmente tinha visões espirituais, e não apenas AMIGOS IMAGINÁRIOS.
A explicação dada pelo Codificador é que a Mediunidade de Vidência não apenas aparece mas é muito comum nas crianças, o que segundo Kardec não deixa de ser providencial, e assim, traduziremos sua explicação:” Ao sair da vida espiritual, os Guias da criança acabam de a conduzir ao porto de desembarque para o mundo terreno, como vêm buscá-la em seu retorno. A elas se mostram nos primeiros tempos, para que não haja transição muito brusca; depois se apagam pouco a pouco, à medida que a criança cresce e pode agir em virtude de seu livre arbítrio.” (Cf. Revista Espíria de 1866, pp. 286 e 287).
Não há pois, segundo Allan Kardec do que se assustar, quando os pais virem seu filho conversando com AMIGOS IMAGINÁRIOS, que ele diz ver e que no entanto, não são vistos pelos genitores.
Até os 7 anos de idade o Espírito da criança se encontra em fase de adaptação para a nova existência, e ainda não existe uma integração perfeita entre ele e a matéria orgânica, fato este que lhe permite emancipar-se e, eventualmente, ver vultos desencarnados que lhe fazem companhia. Isto pode ser entendido que os AMIGOS IMAGINÁRIOS das crianças só o são na aparência, pois não são IMAGINÁRIOS, mas tão somente INVISÍVEIS!
Em Janeiro de 2007, a REvista ISTOÉ fez uma matéria de capa intitulada Mediunidade Infantil – Crianças que falam com Espíritos. Na reportagem pode ser entendida a visão científica destes fenômenos, como descreve a Psicanalista Ana Maria Sigal: “Há momentos em que a ilusão predomina e a criança transforma em real o que é apenas o seu desejo inconsciente. Ao brincar com um AMIGO IMAGINÁRIO, ela nega a solidão e cria um espaço no qual é dona e senhora. Já falar com parentes falecidos é uma forma de negar uma realidade dolorosa e se sentir onipotente, capaz de reverter a morte.”
Esta não é uma opinião unânime na Medicina, pois é sabido que há médicos adeptos ao entendimento Espiritualista, tendo uma visão mais ampla e consequentemente cuidando do lado Espiritual do paciente.
Vários são os cuidados que os pais devem ter quando notarem a mediunidade na criança, mas um dentre eles é primordial: não estimular a criança a desenvolver a mediunidade! O apoio familiar é vital para que a criança consiga superar esta primeira fase da infância e, para que na segunda fase (dos 8 aos 12 anos), possa ter o conhecimento doutrinário e esclarecedor, caso sejam os familiares frequentadores dos Centros Espíritas.
O correto é prestar a devida atenção nas mudanças de comportamento da criança, analisando se suas visões e conversas com os AMIGOS IMAGINÁRIOS são reais, ou fazem parte do mundo da fantasia, influenciadas por programas da mídia em geral, ou se são também demonstrações de carência de afeto ou atenção!
Bem amigos da TRILOGIA INCA, como sempre dou meu testemunho sobre as postagens. Minha irmã Maria Angélica tinha um AMIGO IMAGINÁRIO que se chamava “Romo Solaci”, e que esteve com ela por alguns anos, dividindo a mesa, brincadeiras, passeios. Eu inclusive, algumas vezes “pisei nos seus dedinhos” ao subir a escada de minha casa, onde ela costumava sentar para bricar, e conversar com “ele”.
A TRILOGIA INCA deseja a todos um FELIZ NATAL e PRÓSPERO ANO NOVO, onde onde nos encontraremos novamente, com as Bênçãos de DEUS e de todos os nossos AMIGOS IMAGINÁRIOS!