EXORCISMO ATRAVÉS DOS TEMPOS – PARTE 2

Continuando o tema EXORCISMO, falarei hoje sobre os variados tipos de manifestações de domínio do ser humano por entidades, que podem ser mais brandas ou mais agressivas.

POSSESSÃO – é o estado ou condição em que o corpo e (ou) a mente de um indivíduo são supostamente possuídos ou dominados por uma entidade (um ser, força, ou divindade) que lhe é externa, ou que não se manifesta habitualmente nas atividades da vida diária.

Se for considerada a possessão como uma experiência de natureza psicológica psicológica e social, a mesma pode ser verificada individual ou coletivamente, e ter caráter inesperado, ou ainda estar submetida a algum tipo de controle ritualístico; em diversas sociedades e culturas, a possessão figura como episódio ou experiência central da vida religiosa.

A possessão pode ser dividida em quatro categorias a saber:

1.- ENCOSTO – ocorre quado o espírito fica próximo à pessoa, mas sua influência é muito pequena e sem grandes conseqüências. Em casos como estes, banhos de água e sal, do pescoço para baixo, e orações como o Pai Nosso e o Credo, afastam a o espírito inferior. Geralmente estes espíritos são de pessoas que desencarnaram e pertencem à família do possuído.

2.- ESPÍRITO OPRESSIVO – nestes casos o espírito tem a capacidade de “vampirizar” a energia vital do indivíduo. Os efeitos dessa possessão são sentidos como cansaço ou vontade de chorar, que cessam de um momento para o outro. Nestes caso é indicado o uso de um saquinho de cor vermelha sempre junto ao corpo, para neutralizar a presença do espírito. Também banhos de água e sal são benéficos nestes casos, mas sempre do ombro para baixo. A leitura do Salmo 23 é o mais indicado  contra espíritos opressivos. Não está sendo falado, nesta descrição, os tratamentos que podem ser feitos em Centros Espíritas Cardencistas, Centros de Umbanda ou em Terreiros de Candomblé.

3.- OBSESSÃO – o espírito consegue ficar de maneira tão dominante no corpo astral do indivíduo, que pode até mesmo mudar o modo de falar e fazer coisas que normalmente não faria no dia-a-dia. Pode acontecer da pessoa obsediada não reconhecer até os familiares e amigos de convívio diário. Deve-se salientar que aqui no Brasil, também citando o Espiritismo e as afro-brasileiras como a Umbanda e o Candomblé, existem fenômenos de possessão de espíritos doutrinadores e iluminados, que ao incorporarem trazem ao médium apenas benefícios, nesse caso não são chamados de obsessores e sim de Guias de Luz. Falaremos sobre eles brevemente.

4.- POSSESSÃO DEMONÍACA – essa é uma situação bem mais grave, onde o espírito toma o corpo da pessoa, fazendo com que ocorram até fenômenos de “poltergeist” (conjunto de fenômenos produzidos espontaneamente, que consiste em ruídos e deslocamentos de objetos, com duração indeterminada). Nestes casos o EXORCISMO é a forma mais incisiva de tratamento, podendo ser levado a cabo por Sacerdotes, Pais de Santo, tanto da Umbanda como do Candomblé.

Como sempre falo de minha experiência pessoal nos temas em que abordo aqui na TRILOGIA INCA, posso esclarecer que nos trabalhos que desenvolvi em Centros Espíritas, tanto Cardencistas como de Umbanda, ajudei pessoas com ENCOSTOS, ESPÍRITOS OPRESSIVOS e OBSESSÃO. Nesses casos atuando como Médium, nos Centros Cardencistas, através de Passes Individuais ou Coletivos, descarregando os indivíduos e fazendo uma limpeza energética; nos Centros de Umbanda, como Médium, recebia meus Guias de Luz, tanto na linha de Caboclos, Pretos Velhos ou Escoras, e descarregava os indivíduos através de passes ou puxando a carga, ou seja, absorvendo o obsessor que doutrinado, abandonava me corpo físico, que servia apenas para descarregar e limpar o obsediado.

Já nos casos de OBSESSÃO DEMONÍACA, onde era necessária a prática do EXORCISMO, os trabalhos eram realizados por Sacerdotes, Pais de Santos da Umbanda e Candomblé, não sendo permitido, normalmente, aos Médiuns da casa, a participação em tais rituais,

Explico essas etapas como uma dádiva Divina de poder ajudar o meu próximo, aliviando suas dores, não por mim, mas através de mim, na força dos Guias de Luz e Entidades Protetoras que sempre estiveram comigo, me protegendo e amparando sob a orientação de Cristo Senhor e Salvador!

OBSESSAO 1

EXORCISMO – ATRAVÉS DOS TEMPOS – Parte 1

Hoje a UOL notícias trouxe uma matéria sobre EXORCISMO,  que veio de encontro ao tema que pretendia desenvolver com vocês! Por ser polêmico e vasto este tema, vou dividí-lo em três  partes, começando com a história e a postura da religiões com relação ao ato de exorcisar.

Nas culturas egípcia, babilônica, assíria e judaica, acreditava-se que certas doenças ou calamidades naturais eram ocasionadas por demônios. Para afastá-los recorria-se a algum ESCONJURO ou EXORCISMO. A cultura ocidental recebeu essas idéias através da Bíblia e do cristianismo primitivo.

No Cristianismo, o EXORCISMO ( do grego exorkismós,”ato de fazer jurar”,  e do latim exorcismu), é a cerimônia que visa esconjurar os espíritos maus, forçando-os a deixar os corpos possessos ou dominar sua influência sobre pessoas, objetos, situações ou lugares.

Quando a expulsão de demônios ocorre de forma objetiva, é denominada EXORCISMO SOLENE, e deve ser efetivada de acordo com fórmulas consagradas, que incluem aspersão de Água Benta, imposição de mãos, conjurações, sinais da Cruz, orações, salmos, cânticos, etc…

Finalmente, o ritual Católico do EXORCISMO pode ser executado por Sacerdotes somente quando são expressamente autorizados por Bispos.

O EXORCISMO NA BÍBLIA

Embora o Antigo Testamento reconheça a atuação do demônio a partir da tentação e da queda de Adão e Eva no Paraíso, não faz menção concreta de uma ação maléfica direta do diabo sobre os homens.

O Judaísmo antigo traz relatos de intervenções demoníacas na vida cotidiana, no Livro de Tobias, onde é narrado um EXORCISMO praticado mediante orações e utilização de vísceras de peixe.

No Novo Testamento, o Evangelista Marcos insiste de maneira mais realista nos EXORCISMOS praticados por Jesus e por seus Discípulos. São explicados como expulsão de demônios do corpo de possessos ou lunáticos; em outros a cura de enfermidades atribuídas à ação  do demônio. Os evangelistas se utilizavam dessas ilustrações para demonstrar a vitória de Jesus sobre Satanás, bem como para mostrar como o seu provo se libertou do pecado.

EXORCISMOS NA HISTÓRIA DA IGREJA

As curas e os EXORCISMOS foram comuns na Igreja primitiva. O Imperador Constantino institucionalizou os EXORCISMOS carismáticos realizados informalmente por qualquer cristão, criando a função do Exorcista. O Rituale Romanun reuniu diversos ritos de EXORCISMOS para situações variadas.

O Racionalismo do Século XVIII conseguiu explicar muitos mistérios supostamente sobre-humanos, mormente com a descoberta do hipnotismo e da psicologia profunda do Século XIX.

A Igreja Católica admite EXORCISMOS ordinários, contidos no rito do batismo, como símbolo da libertação do pecado e do poder do demônio, é praticado na bênção da água Batismal e na sagração dos Santos Óleos. Os EXORCISMOS solenes, que objetivam a expulsão do demônio do corpo de um possuído, são práticas raríssimas e só confiadas, mediante permissão episcopal, à Sacerdotes muito experientes.

O EXORCISMO católico pode ser um processo longo, extenuante, podendo durar vários dias. A possessão está associada ao mal e o ritual de libertação é feito de forma dramática e violenta. Os exorcistas recorrem às preces, água-benta, defumadores, essências de rosas e arruda. O sal que é associado à pureza espiritual também é utilizado.

Já o Cristianismo deste século adotou uma postura dividida em relação ao EXORCISMO. Se de um lado mantém distância de sua prática, atuando na seara de psiquiatras e médicos, autorizando estudos para esclarecer o fenômeno, de outro lado a Igreja oculta os casos confirmados de possessão que ocasionaram a prática de rituais de expulsão.  O Papa João Paulo II declarou ter aplicado EXORCISMO sob uma jovem, em 1982.

À luz da Igreja moderna, aqueles que se julgarem possuídos, devem, prioritariamente, procurar a ajuda de um médico ou psicólogo. Recorrer a um Sacerdote Cristão deve ser considerado o último recurso!

O Padre Gabrielle Amorth, que diz ter realizado aproximadamente 50.000 EXORCISMOS, considera que somente 84 foram possessões autênticas, eis que os sintomas desses casos incluíam força física sobre-humana, xenoglossia (fala espontânea em idioma jamais aprendido pelo possuído).

Com essas considerações sobre esse tema tão questionado, cuja sequência farei nas próximas publicações, eu posso acrescentar que trabalhei por muitos anos em um Centro Espírita diretamente orientado pelo grande Mestre CHICO XAVIER, onde nossa Diretora era sempre convidada para auxiliar em casos complicados de EXORCISMOS, que eram realizados por Sacerdotes autorizados, nos subterrâneos de uma Catedral de Belo Horizonte/MG.

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